Anatomia
do estar bem e estar mal
Nosso
corpo é fantástico nos dá sinais claros quando estamos bem ou não. A questão é
saber interpretar. Você sabe dizer quando está feliz ou brabo? Decepcionado ou triste? Irritado ou
frustrado? Claro que podemos sentir mais de uma sensação ao mesmo tempo. Identificar
e lidar de forma mais saudáveis com elas é o que se deseja melhorar.
Nossas ações
são ancestrais desde os tempos dos homens das cavernas reagimos praticamente da
mesma forma. A diferença é que naquela época nossa reação rápida era para a sobrevivência
física. Hoje em dia, claro que temos situações assim. Mas em geral, são
situações chamadas estressantes. Nosso corpo ainda não reconhece ou não
consegue diferenciar de um perigo real de um perigo, digamos emocional.
Quando
estamos com raiva cerramos o punho para nos defender. Sem autocontrole situações
são resolvidas no soco, pontapé, mordida, palavras duras, xingamentos e vários
outros atos desagradáveis. Se desde criança aprendermos a identificar esses
momentos e desenvolvermos ferramentas para frear esses impulsos. Muitos
conflitos serão evitados. Nesse caso sugestões do que fazer:
-
Distensionar as mãos. Estique os dedos. Assim solta um pouco a energia
acumulada nas mãos evitando dar um soco desnecessário.
-
Contar até 10 devagar. Podendo evitar dizer palavras ofensivas que podem magoar
ou criar situações desagradáveis.
-
Respirar devagar. Oxigena a mente. Com lucidez pode-se pensar numa melhor
maneira de resolver a situação.
E
quando a situação é de medo. O corpo congela, treme. O sangue corre para as
pernas. O que pode paralisar ou fazer correr. Nesse caso, respirar devagar faz
com o sangue circule de forma equânime. Dando tempo de poder analisar a
situação com calma e verificar se existe perigo real ou é só imaginação ou algo
mais simples de resolver.
No caso
da tristeza também nos encolhemos e um abraço pode ser uma solução temporária
que alivia o coração. Suspirar devagar - Respirar devagar. Até o coração se
acalmar. A vida tem seus altos e baixos. Ter a noção que esse momento uma hora
passa faz com que vivamos este acontecimento de forma mais leve.
E
quando a alegria é extrema. A euforia toma conta. Um belo exemplo é a gurizada
na hora do recreio escolar. Quando voltam para sala de aula é aquela explosão
de emoções e muitas vezes a professora leva um bom tempo para a gurizada se
acalmar e poder mudar o ritmo para poder prestar atenção e ter foco na aula.
Nesse caso acostumar a gurizada a respirar devagar. Fazer uma pequena
meditação. Pode ajudá-la a se acalmar.
As
crianças hoje em dia tem um ritmo muito mais acelerado. Distraem-se com mais
facilidade. Respeitar o ritmo de cada uma ainda é um desafio. Com a educação
emocional cada dia mais presente na vida pessoal e nas escolas. Aprenderemos
como equalizar atitudes para que todos possam viver de forma mais harmônica.
Andrea dos Santos Leandro
criadora do projeto Saudável Ser
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